Uma importante pesquisa envolvendo a região de Curitiba está sendo realizada por pesquisadores de Dakila Pesquisas na busca dos caminhos que chegavam à Ratanabá, a capital do Mundo, os quais chamam de caminhos de Peabiru. De 30 de outubro a 03 de novembro fizeram visitas técnicas em Campo Largo e Balsa Nova (Paraná), com descobertas importantes que farão a equipe retornar provavelmente ainda esse ano.
Ao longo da estadia, Urandir Fernandes de Oliveira conheceu o secretário municipal de Esporte, Lazer e Cultura de Campo Largo, Luiz Gustavo Torres, que guiou a equipe até dois pontos turísticos com grande potencial turístico, mas que carecem de revitalização. O primeiro destaque foi o Cristo do Purunã, localizado em Balsa Nova. O local oferece um mirante com vista privilegiada e foi concebido e construído pelo casal Jeane e Antônio Lustosa de Oliveira em abril de 1976, em agradecimento a uma graça concedida à família. Uma gruta capela com a imagem de Nossa Senhora Aparecida também foi erguida no local. Em seguida, dirigiram-se à Capela do Tamanduá para investigar a presença de túneis utilizados pelos Jesuítas como rota de fuga durante conflitos com os indígenas da região.
Na ocasião, a equipe utilizou o GPR (Ground Penetrating Radar ou Radar de Penetração de Solo) para detectar a localização precisa dos túneis, posteriormente confirmados pelo proprietário da pousada Cristal do Horizonte, Ubiratan Pedro Bruel. Caminhos como esses foram encontrados não só no Brasil, mas em diversas partes do planeta. O CEO do Ecossistema Dakila, Urandir Fernandes de Oliveira, ressalta que até mesmo o renomado Caminho de Santiago de Compostela faz parte dessa intrincada rede viária que ligava todos os continentes em épocas passadas. Ainda na região de Curitiba, a equipe esteve na trilha de Itupava, acessada pelo município de Quatro Barras, onde a equipe alcançou o pavimento original do Caminho de Peabiru.
A aproximadamente 50 metros da entrada da trilha, identificou-se uma estrutura desmoronada que sugere ser um mini silo. É conhecido que a cada 12 km ao longo desses caminhos, havia um mini silo onde os viajantes armazenavam água, comida e mel para aqueles que percorriam a estrada. Para chegar ao pavimento original, a equipe enfrentou uma caminhada de aproximadamente 5 km sob chuva, mas nem a lama nem o solo escorregadio impediram os pesquisadores de atingir seu objetivo.
Eles coletaram evidências que corroboram a autenticidade do trecho, como marcas, desenhos e inscrições nas pedras. Com todos os dados reunidos nas regiões circunvizinhas a Curitiba, os pesquisadores de Dakila partiram com a certeza de que futuras visitas serão necessárias para catalogar mais evidências sobre as estradas de Peabiru, notavelmente preservadas nessa região do Brasil.
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