Dakila Pesquisas está cada vez sendo reconhecida nacionalmente e internacionalmente. Nesse mês de Abril enquanto um grupo de pesquisadores estavam em pesquisa de campo no Rio de Janeiro, o pesquisador Felipe Castelo Branco estava ministrando palestras arqueológicas/científicas no Texas – USA.
Afim de encontrar as peças que faltam para montar o quebra-cabeça do Caminho de Peabiru, pesquisadores vão até o Rio de Janeiro para analisar rotas florestais com presença de muros, taipas e construções antigas.
Estiveram presentes: O CEO do Ecossistema Dakila – Urandir Fernandes e os pesquisadores: Fernanda Lima, Larissa Kautzmann, Luciana Castelo Branco, Maria Paula Cunha e Fernando Oliveira, onde se juntaram aos associados de Dakila do Rio de Janeiro, Leonardo Albuquerque e Vladia Galhardo, para que fossem seus guias nesses dias repletos de informações, conhecimentos e pesquisas.
1°dia – Parque Nacional da Tijuca (Setor Serra da Carioca)
Inicialmente foram até o Largo do Boticário – Um local histórico e pitoresco localizado no bairro do Cosme Velho, na cidade do Rio de Janeiro. Este lugar singular é conhecido por sua beleza arquitetônica, que remonta ao século XIX.
No local encontraram um canal de água, estruturas de pedra “saltadas” das paredes como uma escada sem corrimão.
Ao longo do percurso tiveram que passar por uma fenda em uma dessas paredes, onde no outro lado da mata foi possível encontrar ruínas de pedras, assim como restos de louça/cerâmicas provenientes da Inglaterra.
Após isso, foram até o Parque da Tijuca – O maior parque urbano florestal do mundo, onde não apenas preserva um ecossistema valioso, mas também representa um marco histórico na história da conservação ambiental no Brasil.
No parque chegaram até o Reservatório da Carioca – Concluído em 1865, tem sua construção relacionada com as tentativas de minimizar os efeitos das frequentes secas que impactaram o abastecimento da cidade da cidade em meados de XIX, causados pelo desmatamento do Maciço da Tijuca.
Fizeram uma trilha que saiu do Rio Carioca e chegou até o Centro de Visitantes Paineiras, a Trilha do Rio Carioca – Uma das rotas de caminhada mais populares e icônicas da cidade do Rio de Janeiro. A história por trás da Trilha do Rio Carioca remonta ao século XIX, quando o imperador Dom Pedro II ordenou a restauração e reflorestamento da área que hoje compõe a Floresta da Tijuca. Na época, a região estava severamente degradada devido à exploração agrícola e à extração de madeira, e o imperador reconheceu a importância de recuperar a floresta para proteger as nascentes de água e a biodiversidade local.
Na trilha os pesquisadores puderam observar algumas das estruturas que compunham o primeiro sistema de captação das águas da cidade, que chegavam até o Largo da Carioca pelo aqueduto dos Arcos da Lapa. O reservatório do Carioca, logo no início da trilha e a banheira do Imperador são as principais estruturas remanescentes. Identificaram também grandes degraus de pedra, canos de água, que acompanhavam quase todo o percurso e diversos tipos de taipas de pedra.
Próximo ao local encontraram uma gravura em pedras semelhante as quadras de Ratanabá.
Chegando nas ruinas da casa do Carioca, a equipe percebeu a reutilização de pedras na base da casa, tendo a divisão dos cômodos e as paredes mais novas feitas de tijolo.
Chegando ao Centro de visitantes paineiras, visitaram a exposição local que explicava a origem do parque da tijuca e toda a história que antecede a criação do parque.
2° dia – Parque Nacional da Tijuca (Setor Floresta da Tijuca)
Cascatinha Taunay – A mais alta cascata do PNT é formada pela queda das águas do Rio Tijuca, do Rio Conde e de outros afluentes. Em 1817, o artista Nicolas Antoine Taunay construiu uma pequena casa perto da cascatinha e, encantando, imortalizou a beleza da queda d’água em seus quadros. Ele se tornou o grande anfitrião da floresta, organizando reuniões para a corte.
Circuito das grutas – O Circuito das Grutas e Cachoeiras da Floresta da Tijuca, como o próprio nome já diz, é uma trilha que percorre diversas grutas, cachoeiras e ruínas históricas e retorna para o ponto de início pela estrada de asfalto, formando um circuito.
Grutas visitadas:
Gruta Perdida
Gruta Bernardo de Oliveira
Gruta do Morcego (Chama a atenção pelo seu tamanho, já que possui mais de 100 metros de profundidade e é considerada a segunda maior gruta de gnaisse (um tipo de rocha) do Brasil. É muito visitada para para estudos geológicos. Ela mede cerca de 20 metros de altura, 8 de largura e 100 de comprimento.)
Nesse circuito foram encontradas pedras enormes e diferentes, que aparentavam ângulos retos e terem passado por eventos de hecatombes. Além do que em uma dessas pedras encontraram estranhas ranhuras profundas perpendiculares ás marcas de água presentes na pedra.
3º dia – Praia do Mar do Norte (Rio das Ostras)
No terceiro dia de expedição o associado Nelson das Dores sinalizou aos pesquisadores de Dakila sobre a existência de gravuras perfeitamente simétricas presentes em pedras na Praia do Mar do Norte.
Gravura #1
Sol similar a uma rosa dos ventos rodeada por golfinhos foram registrados dados sobre a orientação no espaço geográfico com a bússola.
Gravura #2
Conjunto de gravuras com símbolos similares a um touro, uma nave, exclamação, nuvem, seta.
Gravura #3
Ave de bico grande e seta pra baixo, apontando pro mar.
Gravura #4
Figura similar a um navio e diversos golfinhos que parecem estar indo a direção da gravura 1.
Gravura #5
Espada “dividindo” o sol com uma ave de asas aberta abaixo do cabo da espada.
Gravura #6
Figura de um lagarto/jacaré.
Gravura #7
Dois peixes apontando para direções opostas, sendo cada peixe disposto em uma ponta do sol.
Gravura #8
Similar à representação de um fóssil gigante de um possível réptil.
Gravura #9
“Deus Sol” Figura representativa de um ser humano “segurando” o sol.
Gravura #10
Peixe similar à uma concha.
Gravura #11
Pegadas fossilizadas.
Gravura #12
Peixe similar à uma baleia.
Gravura #13
Um pequeno barco à vela, tendo acima dele uma seta apontando para cima e para baixo tendo uma meia lua do lado esquerdo e metade de um sol do lado direito. Acima da lua ainda é possível observar uma ave de asas abertas e três triângulos com a ponta pra cima acima dela.
Gravura #14
Pé.
Gravura #15
Figuras que lembram triângulos.
Gravura #16
Esqueleto de peixe.
Figura #17
Rosa dos ventos repleta de signos envolta.
Nas pedras pretas foram encontrados também diversos símbolos circulares em baixo relevo similares aos encontrados no Painel do Tempo na Amazônia. A extensão da praia segue por mais de 20km e a equipe vai se programar para voltar e explorar todas as gravuras com mais calma e precisão.
4° dia – Cachoeiras de Macacu (Serra da Mantiqueira)
Aproveitando a estadia no Rio de Janeiro, o local Paulo Matozo estendeu um convite à equipe para explorar as maravilhas de Cachoeiras de Macacu. Inicialmente, a equipe direcionou-se à região com o objetivo de realizar uma análise preliminar e estabelecer contatos fundamentais com algumas secretarias do município.
Após a breve reunião para que os secretários entendessem exatamente o que os pesquisadores buscavam, a equipe foi para o Mirante de Cachoeiras de Macacu.
Visitaram duas ruínas de igrejas:
Ruínas da igreja Santíssima Trindade – Popularmente chamada de “Igreja Velha”, localizada próxima a Papucaia, foi a segunda igreja da Trindade, construída a partir de 1737 e aberta ao uso público em 1743. Em seu interior e no seu entorno foram sepultados homens, mulheres e crianças nascidos livres, bem como escravizados e libertos, feitos batismos, casamentos, registrados os óbitos e feitas as eleições municipais.
Ruínas da igreja São José da Boa Morte – Reza a lenda que diante de uma grande epidemia de malária ocorrida na primeira metade do século XIX, o povo se dirigia para a Igreja São José para ter uma “boa morte”, porém São José da Boa Morte é uma Irmandade que já existia no século XVIII, na ocasião da construção da primeira capela. Era um santo muito popular, e a origem do nome foi por ter São José estado, em seu leito de morte, no momento de sua passagem para a vida eterna, nos braços de Maria e com Jesus ao seu lado. Restam ainda os vestígios da torre lateral da igreja e o antigo cemitério.
Ambas as ruínas aparentam ser obras mais recentes, tendo em vista que grande parte das construções é composta por tijolos. É de suma importância essas visitações para que a equipe possa apresentar as diferenças de materiais e padrões nas construções. Esse jantar além de muito gratificante firmou a parceria entre o Ecossistema Dakila e o município.