Associada há 15 anos, Lígia Rigo conheceu Dakila Pesquisas, na época ainda Projeto Portal, por meio do filho de seu esposo Telmo Flores. Sempre muito contrária a tudo que ouvia falar do lugar e das coisas que aconteciam, foi preciso ver com os próprios olhos para crer nos fatos e mudar completamente sua forma de ver a vida e o mundo a sua volta.
A convite, Lígia foi passar um fim de semana na Associação para participar de um evento que aconteceu bem no mês do seu aniversário, e vivenciou experiências fantásticas, voltando para sua casa, em Porto Alegre, completamente diferente, o que antes achava que eram truques, virou interrogações que precisavam de respostas.
“Depois que eu percebi que nada era fantasia, que as coisas aconteciam e tinham muita relação com os meus desejos, com o que eu gostaria de saber ou ver, comecei a me envolver, pesquisar, a participar das atividades, até de fato me associar e me tornar mais atuante no desenvolvimento dos trabalhos e projetos”, conta Lígia.
A associada relembra do perfil rebelde que considerava ter por não aceitar as verdades impostas pela religião, política, a história da humanidade, e que ao adentrar em Dakila e perceber que os demais membros eram muito afinados com os mesmos pensamentos, se sentiu como se estivesse no lugar certo.
Ela recorda de como era conviver com as pessoas do grupo e como veio para o Mato Grosso do Sul. “Os participantes de Dakila eram pessoas muito energéticas, saudáveis, flexíveis, nós juntos tínhamos muita energia, alegria e convicção. Eu via também que eram muito fortes nas suas opiniões, nas suas formas de enfrentar a família e o mundo por serem diferentes, eu me identificava com isso e fomos aceitando tarefas, ficando responsáveis por departamentos para fazer com que a associação prosperasse, até que veio o convite e a possibilidade de sair de Porto Alegre e morar em Havalon para cuidar da cozinha”, lembra.
Quando morava na capital do Rio Grande do Sul, Lígia trabalhava como atriz e Telmo era responsável por um restaurante da família. Por sempre levar uma vida agitada, ao vir para o Mato Grosso do Sul, ela achou que seria difícil e entediante, porém se surpreendeu mais uma vez. “Quando cheguei foi muito legal a troca de experiência que tivemos, a gente nunca está isolado, sempre tem um trânsito muito grande de pessoas de várias áreas e cidades, então é estimulante estar aqui. Além disso, me tornei uma pessoa mais humilde, amadureci e vivo em constante aprendizado”.
“Atuar na cozinha foi desafiador. Eu sempre gostei de cozinhar, mas nunca tinha feito comida para tanta gente, foi bem difícil, mas eu aprendi muito. O restaurante ficava aberto todos os dias da semana para os moradores e visitantes. Durante os eventos a gente comandava também, cerca de 300 a 400 pessoas para servir café da manhã, almoço e janta. Depois de um tempo, o Telmo começou a trabalhar com as construções e vimos a necessidade de mudar para Zigurats”, complementa.
Lígia afirma que vê nas pessoas que estão chegando agora para morar, trabalhar ou visitar, a mesma vontade que ela teve: de mudar o mundo. “Eu achei que podia fazer isso a partir da religião, da política ou da arte, mas nenhuma funcionou. Hoje eu tenho convicção de que Dakila vai conseguir mudar muita coisa nesse mundo, e considero que a gente já está mudando, principalmente a questão financeira. O BDM Digital é um exemplo, começou recente e podemos ver como já está tranformando a vida das pessoas”.
Atualmente Lígia Rigo integra o grupo de instrutores que acompanham visitantes e conta todas as maravilhas já construídas pela Associação Dakila e suas pesquisas. Também auxilia no Centro do Saber, onde contribui no crescimento intelectual das crianças. Sempre na busca constante por conhecimentos, a associada explora bastante conteúdo, assiste as Lives dos pesquisadores do grupo e busca estar por dentro das novidades e assuntos de seu interesse.
Inspirações em sua vida é o que não faltam. Em primeiro lugar, Urandir Fernandes de Oliveira, presidente do Ecossistema Dakila, que considera um sábio, além de muito humilde, paciente e prestativo. “É um cara que pode sentar com o presidente, com o melhor cientista do mundo e ter uma conversa no mesmo nível. Ele senta com a gente e ouve com a mesma atenção que daria a um grande empresário”, opina Lígia.
Sua admiração também se estende aos orientadores do grupo que considera serem justos, verdadeiros, altruístas e de confiança. Para Lígia, um ato que chama sua atenção em Dakila é a aceitação, independente do jeito que as pessoas são, todos são bem-vindos. “Foi difícil, mas aprendi que nós somos capazes de fazer coisas incríveis e os responsáveis por tudo o que acontece. Aqui [em Dakila] somos associados e é por isso que temos força, pois um apoia o outro. Eu me sinto muito livre e percebo que a minha busca sempre foi a da liberdade: de pensar e fazer, de horário, de escolha, e isso não quer dizer que levamos a vida na gandaia, pelo contrário, quando você escolhe uma coisa porque quis, o comprometimento é muito maior para realizar. O engajamento é muito maior quando se é livre, e gostaria que todos tivessem isso também”, finaliza.
Foto em destaque: Arquivo pessoal.