Pesquisadores de Dakila encontraram semelhanças em desenhos registrados no alto do Sítio Arqueológico da Pedra Preta, em Paranaíta (MT), com as linhas de Apiacás – denominado pelo grupo de pesquisas como Ratanabá. Tal comparação foi possível após mapeamento realizado na área com tecnologia que utilizou pulsos de laser capazes de penetrar na vegetação sem precisar desmatar a floresta.
Durante o rastreio aéreo, que durou 19 dias, os pesquisadores de Dakila percorreram algumas cidades do Mato Grosso e do Pará a fim de encontrar mais pistas e vestígios de antigas civilizações. Um dos lugares que visitaram foi o Sítio Arqueológico da Pedra Preta, em Paranaíta (MT), considerado por estudiosos como o maior painel de pictogravuras do Brasil, com mais de 100 desenhos diferentes.
Em 2016 o sítio arqueológico foi transformado em Parque Municipal devido a sua localização ser em uma propriedade particular. Para chegar no alto da pedra, os pesquisadores percorreram 35 km do município de Paranaíta até a entrada do local. Em seguida, caminharam aproximadamente 2 mil metros até o início da trilha, que começa em uma área de floresta preservada; e depois mais 600 metros até chegar no topo. A trilha percorrida é de categoria 4, ou seja, pela conceituação do Ecoturismo, é um caminho que exige mais esforço. Durante o trajeto houve também uma mudança de altitude que se aproximou dos 60 metros. Conforme disse Fernanda Lima, o condicionamento físico que os pesquisadores fazem durante o MDPL (Magnetismo, Densidade, Pressão e Luz) contribuiu para a caminhada íngreme.
“Tem que estar preparado para a caminhada, são cerca de 40 minutos. Percebemos que o MDPL fez muita diferença, por isso precisamos nos exercitar, participar das atividades, porque vai trazer melhorias à saúde”, afirmou a pesquisadora Fernanda ao chegar no topo da Pedra. Confira o vídeo dessa aventura aqui: Sítio Arqueológico da Pedra Preta • RATANABÁ • Dakila Pesquisas – YouTube.
Ao chegarem no alto, o grupo realizou diversos registros em vídeos e fotos para serem estudados e ficaram surpresos, pois vários símbolos encontrados no local já eram conhecidos de outros lugares e expedições realizadas pelos pesquisadores de Dakila. Muitos estudiosos visitaram o local trazendo alguns pressupostos, mas até hoje a origem do surgimento destes desenhos, bem como seus autores, permanece desconhecido.
Durante a análise do resultado do LiDAR e das fotos capturadas no Sítio, um desenho chamou a atenção pelas semelhanças com os caminhos de Ratanabá. As imagens foram mostradas durante Live no canal do YouTube de Dakila Pesquisas.
“Nossa hipótese é de que algum cataclismo aconteceu, não sabemos ao certo o que pode ter sido, mas destruiu tudo o que existia. Os sobreviventes ficaram com a memória e deixaram registros espalhados por vários lugares a fim mostrar como eram suas terras. O desenho não é perfeito por ser feito a mão livre, mas faz muito sentido com as quadras de Ratanabá”, opinou Urandir Fernandes de Oliveira, presidente de Dakila.
“Vamos precisar de uma investigação in loco para ter a certeza de que a imagem condiz de fato com o mapa de Ratanabá, mas acreditamos que sim, pois há muita semelhança, o xadrez se encaixa perfeitamente no desenho, até mesmo as torres foi possível identificar”, ressaltou Urandir.
A área de estudo apresenta vários padrões retilíneos e perpendiculares que podem ser vistos a olho nú. Com o resultado do LiDAR foi possível averiguar com mais precisão todos os cortes no terreno, e que esses caminhos foram criados por pessoas e não por falhas geológicas. A pesquisadora Fernanda Lima ressaltou que as imagens do LiDAR apresentadas nessa primeira Live são apenas um fragmento do resultado completo. “Por meio dos desenhos na Pedra Preta pudemos visualizar outros locais na região que também são identificados pelo LiDAR. Não temos apenas esta plotagem apresentada, há outras que mostram pontos bem interessantes”.
Baseado no resultado do mapeamento, com medidas precisas, e fazendo análise de possíveis estruturas e pavimentações encontradas no Caminho de Peabiru, entre outros fatores, os pesquisadores mostraram um vídeo ilustrativo de como pode ser a estrutura de Ratanabá sem a vegetação. “É um demonstrativo do que poderemos encontrar. Em breve uma grande investigação por terra será feita e teremos a certeza de tudo o que existe nessa região. A floresta amazônica é berço de muitos segredos, Ratanabá é um deles e vamos buscar entender o por que”, disse Urandir.
Assista a Live completa disponível no canal do YouTube de Dakila Pesquisas e confira as imagens do mapeamento feito com o Light Detection And Ranging: Live • Ratanabá – Lenda ou Realidade? | Análises do LiDAR – YouTube. Toda a pesquisa também pode ser acompanhada pelas redes sociais de Dakila Pesquisas. Acesse: Dakila Pesquisas – YouTube / Ecossistema | Dakila Pesquisas – Fotos e vídeos do Instagram.
Imagem em destaque: Captura YouTube – Live Ratanabá – Dakila Pesquisas